Uma das experiências mais bacanas de chegar no sertão central do Ceará é a possibilidade de beber água da chuva.

Primeiro o sertanejo limpa a calha e espera cair as primeiras chuvas para tirar a poeira das telhas e depois é só coletar para a cisterna de placa, previamente limpa, e de lá está apta para o consumo.

Para mim é uma experiência sensorial única beber água de chuva depois de passar alguns meses de garrafão em garrafão de água mineral ou adicionada de sais que muitas vezes “os sais” que sinto se resumem a beber “água com sal”.

Alguns frescam dizendo que sou sommelier de água porque realmente eu sinto diferença entre as marcas, às vezes até entre as fontes da mesma marca.

Não tem aquífero norueguês que me faça trocar pela água de chuva do sertão central que julgo ser uma das maravilhas que tenho o prazer de saborear neste mundo.